Um Mundo Brilhante
Autora: T. Greendwood
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 336
O que fazer quando o mundo em que você vive não é o lugar a que você pertence?
Ben Bailey estava noivo de Sara. Moravam em Flastaff, onde o frio predominava. Ele era professor adjunto na faculdade e trabalhava no bar no Hippo nas horas vagas. Sara era enfermeira. E, apesar de viver uma vida simples, ele nunca estava verdadeiramente feliz. Até que na manhã depois do Haloween, ele encontra um jovem morto na calçada de sua casa e de repente tudo muda.
A decisão de querer saber sobre o rapaz, de buscar informações sobre o que ocorreu o leva a conhecer Shadi, irmã do jovem navajo que morreu pela exposição ao frio. A polícia diz que ele estava bêbado e que provavelmente caiu ali e ficou na neve até a morte. Shadi disse que ele não bebe. E a dúvida se instaura até que Ben decide investigar por conta própria o ocorrido.
Ele sabe o que é perder um irmão, a dor, o vazio, todo o sofrimento. Ele entende Shadi. Sara nunca o entenderia. E é esse sentimento em comum que os envolve e, pela primeira vez, ele percebe que pode ser feliz. Feliz até chegar em casa e descobrir que Sara está grávida. E que ele não pode abandoná-la, não pode abandonar a criança assim como seu pai fez quando era mais novo. Como ele mesmo fala da importância de um pai presente: "Ficar. De que maneira sua vida teria sido diferente se o seu pai simplesmente tivesse ficado?"
Sua vida então, toma um rumo completamente diferente, onde Ben não é quem ele é. Onde sua vida parece ser de outra dimensão, algo que não deveria ser. Onde as decisões que tomamos são o reflexo da nossa vida, em que a felicidade pode se fazer presente ou não.
É um livro complexo, mas de fácil leitura. As dúvidas de Ben as vezes me irritavam. Ele demorou demais para tomar uma postura decisiva na sua vida. E quando a oportunidade veio, foi embora na mesma hora. Ele foi egoísta sim. Embora Sara também tenha sido. Do que adianta levar uma vida a dois quando o verdadeiro amor já não está tão presente? Esses pontos as vezes se estendiam ao ponto de ter raiva, de querer abandonar a leitura. Para quê tanto devaneio, meu Deus?
Hoje vi uma frase de um amigo meu que disse: "Sabe aquele dia em que você está disposto a fazer uma faxina em seu quarto? Faça isso com sua vida."
E era o que Ben procurava. Um mudança, uma saída, a esperança de uma nova vida.
Compaixão, dúvidas, esperança, amor, dor, incertezas, redenção, escolhas. Uma história que é capaz de nos fazer refletir sobre nossas maiores dúvidas, sobre os nossos medos. Sobre a vida.
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