O Testamento do Juízo Final / James Douglas
Férias. Um tempo bom para pegar sua mochila, um avião e sair
pela Europa atrás de tesouros e descobertas de um passado sombrio. Okay, se você é pobre
igual a mim, pegue apenas um livro e simbora viajar! E aqui vai mais uma super
dica pra quem gosta de aventuras...
Um cientista nazista há muito desaparecido. Um misterioso artefato tibetano de imenso poder. Uma corrida desesperada contra o tempo. Jamie Saintclair, um especialista em recuperação de obras de arte, achava que conhecia o avô; mas, quando se depara com o diário perdido do ancião, fica surpreso ao descobrir que o amável clérigo anglicano era um herói condecorado do Serviço Aéreo Especial, na Segunda Guerra Mundial. E o avô ainda lhe reserva outra surpresa: um mapa escondido dentro da contracapa do diário, com um estranho simbolismo nazista. Essa simples descoberta irá lançá-lo numa vertiginosa caçada ao tesouro por toda a Europa e num mergulho no passado sombrio da Alemanha. Existem pessoas que matariam para encontrar o artefato perdido, e embora não saiba disso, Saintclair detém a chave para seu esconderijo.
Título original: The Doomsday Testament
Autor: James Douglas (pseudônimo de Douglas Jackson)
Editora: Jangada
Ano: 2013
Páginas: 408
Jamie Saintclair é um artista plástico, mas no momento
trabalha como resgatador de obras primas perdidas, na maioria de judeus. Quando
foi fazer uma das visitas ao seu avô, o encontrou caído perto das escadas,
morto. Jamie ficou arrasado. Matthew Sinclair, seu avô, tinha sido o último
parente vivo. Depois de alguns dias, ele voltou para pegar da casa algo que
fosse de valor, antes de vendê-la. E então, por pura sorte, achou no fundo de
uma parte do guarda-roupa, uma caixa que continha recordações, cadernetas do
exército. E um diário. Quando viu que era do seu avô, não acreditara. Seu avô
participara da Segunda Guerra Mundial e ele não soubera? E ao que parecia, por
suas medalhas, que não tivera só servido no exercito, mas combatera, e
combatera muito bem. Mas começou a ficar mesmo intrigado quando começou a ler o
diário. Seu avó escrevera quase tudo o que viveu, mesmo que fosse proibido ter
algo do tipo, estando na guerra. Jamie foi ao seu escritório, estava muito
envolvido lendo o diário quando recebeu uma ligação. Uma enfermeira de um
hospital, dizia ter um paciente que queria falar com Jamie. Seu nome era
Stanislaus Kozlowski, e ele lutara na guerra com seu avô. No dia seguinte,
Jamie foi visita-lo , mas ele pouca coisa lhe disse já que estava muito cansado. Jamie
apareceria novamente de manhã. Mais uma coisa que o sr. Stan disse antes de
adormecer era que ele e Matthew tinham participado de uma missão importante, a
Operação Equidade, ou como Matthew dizia: Operação Juízo Final. Mas, no dia
seguinte, Stan fora encontrado boiando num rio do parque onde ele costumava
caminhar todas as manhãs. Foi dado como suicídio. Jamie não entendia, aquele
senhor parecia tão empolgado para contar-lhe a história.
E foi aí que começou a
acontecer coisas estranhas com Jamie. Após esse ocorrido, um homem invadira a
casa do seu avô, no momento em que ele estava lá, e quase o matara. E em outra
vez empurraram-no debaixo do trem e que, por sorte, ele se encaixou numa
saliência que salvara a sua vida. E nesse dia que conheceu Sarah. Ele a vira
antes de ter sido empurrado, e depois que saiu da delegacia, ela estava
esperando. Parecia preocupada, lhe dissera que vira tudo e perguntou por quê
alguém queria mata-lo. Sarah Grant era
uma jornalista freelancer americana, mas estava na Inglaterra porque estava
escrevendo um livro, a procura de uma boa história. Depois de muito
conversarem, Jamie não lhe contara sobre o diário, mas perguntou se ela
queria ajuda-lo a achar uma pintura muito valiosa que havia sido roubada, e que
ele tinha algumas pistas para encontra-la...
Agora, vamos nos voltar um pouco para o diário. Como já
disse, Matthew escrevia tudo o que vivera, escondido. A parte mais interessante
é já no final da guerra. Finalmente, aquilo tudo tinha acabado. Mas antes, fora
convocado para uma última missão: levar alguns prisioneiros nazistas para a
fronteira da Suíça, e lá eles seriam deportados para os Estados Unidos. Lembro
que na aula de História, meu professor dissera que após a guerra, os EUA
tomaram alguns cientistas nazistas para trabalharem para eles. Pois bem, eram três
prisioneiros, entre eles estava Walter Brohm. Um cientista nazista, que dissera
ter algo de grande interesse para os EUA. Brohm tentava ganhar a simpatia de
Matthew. Ele sabia que seu futuro era incerto, poderia ir mesmo aos EUA, ou
morrer ali. Então lhe contou que tinha uma pintura muito valiosa, e que
começara a dar pistas à Matthew sobre como acha-la. Ele falava sobre uma
pintura de Rafael (lembra dos tartarugas ninjas? Rs) roubada pelos nazistas.
Mas não era isso que incomodava a Matthew. Brohm não parava de falar de que ele
tinha algo que pessoas se matariam para ter. Algo que até Hitler temia.
Juntamente com o diário, Jamie achou um pano que tinha uma
espécie de mapa, com um estranho símbolo nazista. E então, ele e Sarah se
lançam nessa caçada atrás do Rafael, e também na descoberta do queria aquilo
que Walter Brohm falava tanto. E eles não estam sozinhos nessa. Parece que não
só Jamie sabia sobre o diário, e agora tem pessoas querendo fazer de tudo para
consegui-lo. E essa caça ao tesouro os leva por toda Europa, e no passado
sombrio que cercava a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
"- Podem tirar os recursos de uma nação, mas seu orgulho é inviolável, Leutnant (tenente) Matt. Você teria feito o mesmo.
Chamar-me Leutnant, embora ele soubesse que eu era capitão, era a sua ideia de fazer troça. Esse era o jeito de Brohm.
- Mas nós nunca teríamos produzido Hitler- retruquei.
- Arre! Vocês criaram Hitler com sua impiedosa paz. Vocês, os franceses e os norte-americanos. Hitler era apenas um político se aproveitando dos preconceitos e medos do seu povo. Cada país tem o próprio Hitler. Espere até que sua classe média esteja sem emprego e forçada a assistir aos filhos passarem fome- disse ele. - Então, vocês verão os Hitlers surgirem. "
Pra começar, tem muito mais coisa. Nossa... muito mesmo! Só
contei uma parte pra dar um gostinho, e também porque não é legal ficar
contando spoiler. Legal mesmo é você pegar esse livro, e se preparar pra
aventura! Muita coisa que gosto numa bagagem só: suspense, romance, mistério,
história, ficção, ciência, tesouros perdidos... Amei! Me divertia com Jamie e
Sarah, também me emocionava com o trágico
fim de milhões de judeus. É uma história bem elaborada, meticulosa, e
muito boa mesmo! A narração por exemplo, era intercalada por Jamie, recordações de Matthiew, e o pensamento de Walter Brohm numa boa viagem ao passado. James Douglas consegui mesclar tudo muito bem.
Recomendo à todos, principalmente aos que gostam de uma boa
história de caça ao tesouro!
1 comentários
Pedi esse livro á Jangada na maior curiosidade! Looouuca pra ler tbm!
ResponderExcluirResenha imensa, maninha. hahaha Mas sei que alguns livros não dá pra ser tão sucinta. =P
Bj