"– E quem é que abre um livro para ler mais daquilo que já vive todos os dias?"
Esse foi um daqueles livros que peguei achando que seria mais um romance água com açúcar, algo fofinho pra passar um domingo a tarde preguiçoso. Com o decorrer da história eu não queria só mais passar a tarde com ele. Queria o dia, a noite, qualquer dia da semana. A história criada por Samanta Holtz vai nos pegando de jeito e nos encantando a cada nova página.
Ele tem um passado do qual não se lembra. Ela precisa esquecer o seu.
Malu Rocha é uma escritora de 29 anos independente, confiante e bem-sucedida. Mora sozinha em São José dos Pinhais, perto de Curitiba, onde mantém uma rotina regrada de pedalar todas as manhãs, escrever e, semanalmente, visitar o avô de 98 anos em uma casa de repouso.
Porém sua vida toda controlada sai do eixo quando um homem bate à sua porta e se apresenta como Luiz Otávio Veronezzi, dizendo ter perdido uma reunião marcada com ela. Malu não se lembra do compromisso e sua primeira reação é dispensá-lo. Mas o belo desconhecido insiste, explicando que sofreu um acidente de carro, ficou em coma e perdeu a memória, assim como seus documentos. As únicas coisas que restaram foram um pouco de dinheiro e um papel com o nome e o endereço de Malu, o nome dele e a data da reunião. Luiz confessa que a escritora era sua última esperança para descobrir a própria identidade.
O problema é que ela não tem a menor ideia de quem ele seja.
Desconfiada, mas sentindo-se responsável pelo acontecido, Malu decide ajudá-lo e embarca em uma jornada para descobrir quem ele é – o que acaba trazendo à tona muitos fatos sobre si mesma, seus medos e segredos mais bem guardados, além de um passado que preferia esquecer.
A bela narrativa e a trama que prende do começo ao fim nos convidam a acompanhar Malu e Luiz nessa busca que se transforma em uma história de amor de tirar o fôlego.
Quando o amor bater à sua porta
Autor: Samanta Holtz
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Páginas: 304
Primeiro frase do livro:
"– Conta pra gente, Malu... Como você começou a escrever?"
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